As autoridades birmanesas suspenderam nesta terça-feira (26) a prisão domiciliar da líder oposicionista Aung San Suu Kyi, mas ela continua detida enquanto é julgada por supostamente permitir a invasão de um norte-americano em sua residência, segundo seu advogado.
A Nobel da Paz passou os últimos seis anos em prisão domiciliar, a qual deveria expirar nesta quarta. Mas ela foi levada para uma penitenciária no começo de maio, devido à suposta violação dos termos da prisão domiciliar.
"A prisão domiciliar foi suspensa, mas ela continua sob detenção. Não sei se devo ficar feliz ou lamentar," disse a jornalistas Nyan Win, advogado dela, depois da audiência judicial.
De acordo com ele, o general da polícia Myint Thein leu a ordem judicial a Suu Kyi nas instalações que ela ocupa dentro da notória penitenciária de Insein, em Yangon.
Suu Kyi passou mais de 13 dos últimos 19 anos sob alguma forma de detenção. Ela provavelmente será condenada a mais cinco anos de prisão pelo incidente de maio, da qual se diz inocente.
Governos ocidentais apontam o julgamento como uma manobra para manter a carismática política oposicionista afastada das eleições marcadas pelo regime militar para o ano que vem na antiga Birmânia.