Os advogados da Nobel da Paz dizem que a pena de prisão dela começou em 14 de maio do ano passado e deve terminar neste sábado| Foto: AFP

Os generais que comandam Mianmar "certamente" vão libertar a líder oposicionista Aung San Suu Kyi de sua prisão domiciliar nos próximos dias, disseram hoje funcionários do governo. A decisão é tomada dias após controversas eleições no país. "As autoridades a libertarão. Isso é certo", afirmou uma fonte do governo que pediu anonimato.

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Os advogados da Nobel da Paz dizem que a pena de prisão dela começou em 14 de maio do ano passado e deve terminar neste sábado. A dissidente passou a maior parte do tempo das últimas duas décadas presa. "Ela será libertada com certeza como planejado", disse outro funcionário do governo, que também pediu anonimato. "Nós estamos apenas esperando a hora de libertá-la."

A prisão de Suu Kyi foi ampliada para mais 18 meses, em um julgamento no ano passado, por causa de um incidente "estranho", em que um norte-americano nadou por um lago até a casa dela sem ser convidado. Apesar disso, ela foi condenada por receber uma visita sem autorização oficial. Com isso, ficou de fora das primeiras eleições no país em 20 anos. A disputa foi considerada fraudada por entidades internacionais e criticada, por exemplo, pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

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O partido de Suu Kyi, a Liga Nacional pela Democracia, venceu com folga as eleições realizadas em 1990 no país, mas os militares impediram a posse. Partidários da dissidente adiantaram que ela deve realizar uma entrevista coletiva na sede do partido, caso seja libertada, indicando que ela deve resistir a qualquer tentativa das autoridades de restringir suas atividades políticas. Alguns observadores notam que a libertação pode vir acompanhada de algumas restrições, para garantir que ela não ameace a liderança militar.