O presidente de facto (expressão diplomática para designar o governo golpista) de Honduras, Roberto Micheletti, empossado logo depois de um golpe militar em junho, disse estar preparado para deixar o poder, mas somente se o presidente deposto, Manuel Zelaya, desistir de terminar o mandato para o qual foi eleito. "Se eu sou um obstáculo, então me afastarei. Mas, se eu o fizer, exijo que este homem faça o mesmo", disse Micheletti a diplomatas de diversos países americanos reunidos em Tegucigalpa capital de Honduras, na tentativa de mediar uma solução para a crise causada pela deposição de Zelaya no dia 28 de junho.
Micheletti também insistiu que "não há meios de deter" a realização de eleições no país em 29 de novembro. A comunidade internacional tem advertido que não reconhecerá o resultado do pleito caso ele ocorra sob os auspícios do governo golpista.
A mediação da Organização dos Estados Americanos (OEA) começou na tarde de quarta-feira (7), com a participação de cinco chanceleres, três vice-chanceleres e do subsecretário de Estado dos Estados Unidos para o Hemisfério Ocidental, Thomas Shannon. Eles se reuniram com representantes de Zelaya e do governo que assumiu depois do golpe militar. No fim da noite de quarta, os diplomatas envolvidos retornaram aos hotéis nos quais estavam hospedados sem que nenhum avanço tenha sido informado.
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