O presidente do governo de facto de Honduras, Roberto Micheletti, renunciará temporariamente ao cargo durante uma semana durante as eleições presidenciais de 29 de novembro, informou o Wall Street Journal.

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O movimento, que é em grande parte simbólico, é um esforço do governo de facto para dar impulso ao esforço de legitimidade das eleições, as quais o governo espera colocará um fim ao impasse político que começou com o golpe de Estado que derrubou o presidente José Manuel Zelaya.

Num discurso que fará mais tarde nesta quinta-feira, Micheletti deverá dizer que passará o comando do governo ao seu conselho de ministros, basicamente o gabinete, entre 24 de novembro e sua volta ao poder em 2 de dezembro, de acordo com uma cópia do discurso obtida pelo Wall Street Journal. O presidente que for eleito deverá tomar posse em janeiro de 2010.

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Em um trecho do discurso, Micheletti diz que sua ausência temporária tem como objetivo ajudar os hondurenhos a se concentrarem nas eleições presidenciais ao invés da crise política.

"É algo simbólico, mas o fato de que Micheletti não estará comandando o governo durante as eleições ajudará, em alguma medida, a que outros governos reconheçam o sufrágio", disse Michael Shifter, analista no think tank Inter-American Dialogue em Washington.

Enquanto os Estados Unidos e alguns países, como o Panamá, disseram que reconhecerão o governo que emergirá das eleições de 29 de novembro, outros países como Brasil, Argentina e os aliados do presidente venezuelano Hugo Chávez disseram que não reconhecerão o novo governo porque Zelaya não foi restaurado ao poder.

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