A congressista Michelle Bachmann anunciou nesta quarta-feira (04) em entrevista coletiva que deixou a campanha para a candidatura presidencial pelo Partido Republicano em 2012, e prometeu que continuará "combatendo o socialismo".
Após obter na noite desta terça-feira (03) apenas 5% dos votos no caucus de Iowa, Bachmann disse ter decidido "ficar fora" da disputa.
"O povo de Iowa falou e com voz clara, e por isso decidi ficar de fora", disse Bachmann a um grupo de simpatizantes em Des Moines, capital do estado onde houve a primeira disputa entre os candidatos republicanos. "Mas continuarei lutando para derrotar a agenda socialista do presidente", alertou.
A legisladora, de 55 anos de idade e única mulher na campanha presidencial deste ano, não informou se apoiará algum de seus agora ex-concorrentes.
Em seu pronunciamento, Bachmann citou a Bíblia e a Constituição dos Estados Unidos, e criticou várias vezes a reforma do sistema de saúde promulgada pelo presidente Barack Obama em 2010.
Os "avanços do socialismo vão contra a essência de nossa nação e nossas liberdades", disse. "Continuarei trabalhando para derrotar a agenda de Obama, para manter nosso país livre e soberano, para proteger o capitalismo livre", acrescentou.
A saída de Bachmann, representante do segmento mais conservador e religioso no Partido Republicano, apenas três meses depois de ela ter liderado as pesquisas, reduz por enquanto a seis os concorrentes pela candidatura que será confirmada na convenção nacional da legenda, em agosto, na Flórida.
Em Iowa, onde os republicanos votaram em quase 1.800 assembleias - os caucus -, o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney e o ex-senador pela Pensilvânia Rick Santorum terminaram quase empatados, com 25% dos votos cada.
Em terceiro lugar, com 21% dos votos, ficou o congressista pelo Texas Ron Paul, seguido pelo ex-presidente da Câmara de Representantes Newt Gingrich, com 13,3%, e o governador do Texas Rick Perry, com 10,3%.
A perda de apoio a Perry e Bachmann alarmou os setores conservadores do Partido Republicano e, segundo o jornal "Politico", começou já na manhã de hoje uma série de acordos para criar uma coalizão que impeça a nomeação de Romney, de perfil considerado mais liberal.