A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, desembarcou nesta quinta-feira em Pequim para uma visita de sete dias à China na qual ela deverá evitar falar sobre política e focar em educação e no contato face a face com a população local.
A agenda de Michelle Obama prevê um discurso para estudantes norte-americanos e chineses na Universidade de Pequim, além de visitas às cidades de Xi'an, no oeste do país, e Chengdu, no sudoeste. Ela viaja acompanhada de de sua mãe e de suas duas filhas.
Nesta sexta-feira, está previsto também o encontro de Michelle Obama com Peng Liyuan, a esposa do presidente da China, Xi Jinping.
"Eu acho que essa é uma boa oportunidade para aperfeiçoar as relações entre a China e os Estados Unidos uma vez que primeiras-damas representam o lado mais suave da diplomacia", disse Wang Dong, professor de ciência política da Universidade de Pequim.
"A própria Michelle Obama tem falado bastante sobre educação e direitos de mulheres e crianças, e eu acho que os chineses estão vendo a sua visita como uma atitude positiva", disse Weng.
A primeira-dama dos EUA tem a intenção de evitar questões controversas, tais como direitos humanos, comércio e segurança cibernética, informaram funcionários da Casa Branca que participam da comitiva. Eles disseram também que ela vai usar de histórias pessoais para expressar valores norte-americanos.
"Nós acreditamos que ela deve manter o foco em educação, capacitação da juventude e relações pessoais em seus discursos na China", disse Ben Rhodes, assessor adjunto de segurança nacional dos EUA, a jornalistas antes do embarque. "Nós também acreditamos que ela levará uma mensagem que é fundamentalmente do interesse dos Estados Unidos."
Um dos pontos mais aguardados da viagem serão os encontros públicos de Michelle Obama com Peng Liyuan, que, além de ser primeira-dama da China, é uma cantora de muito sucesso popular.
A mídia local já começou a comparar as duas primeiras-damas. Hoje, o jornal China Daily publicou uma reportagem de página inteira sobre os estilos de Michelle e Peng. "Elas sabem que o que irão fazer será colocado sob um microscópio, incluindo até mesmo as roupas que irão vestir. Elas devem transformar esse tipo de influência em exposição para causas com significados maiores", destaca a reportagem do jornal. Fonte: Associated Press.