Washington Apesar de o Partido Democrata se apresentar como defensor dos hispânicos, sua possível vitória nas eleições legislativas de hoje não significará uma reforma migratória imediata ou o fim do projeto de construção de um muro na fronteira com o México, acreditam especialistas.
Líderes do partido como Nancy Pelosi, na Câmara dos Representantes, e Harry Reid, no Senado, insistiram durante a campanha que os democratas são a favor da regularização dos 12 milhões de trabalhadores clandestinos que vivem nos EUA, a maioria deles latino-americanos.
No entanto, a afirmação esconde uma grande divisão no partido sobre o assunto, que ficou evidente nos próprios votos de seus legisladores. Na Câmara dos Representantes, 64 democratas, aproximadamente um terço da bancada, apoiaram em setembro passado a lei que autorizou a construção de um muro duplo de 1.226 quilômetros de comprimento na fronteira com o México. No Senado, 26 democratas apoiaram a lei, enquanto apenas 17 de seus correligionários votaram contra.
"O país ainda não está pronto para dar uma resposta suficiente a esta questão (da migração). O debate talvez pode começar, mas não quero dizer que a (reforma) possa ser feita", acredita James Ferrer, diretor do Departamento da América Latina da Escola Elliott de Estudos Internacionais.
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