O libertário Javier Milei, candidato à presidência da Argentina pela coligação A Liberdade Avança, reagiu à denúncia revelada pelo jornal O Estado de São Paulo de que Lula usou influência política para garantir recursos financeiros para o país vizinho, que enfrenta uma grave crise econômica nos últimos anos.
Segundo informações da publicação, o presidente teve participação na decisão que liberou um desembolso de US$ 7,5 bilhões (cerca de R$ 38,7 bilhões) do Fundo Monetário Internacional (FMI) ao governo de Alberto Fernández, cujo ministro da Economia, Sergio Massa, também concorre à chefia da Casa Rosada nas eleições de 22 de outubro.
Ainda de acordo com o jornal, o petista pressionou a ministra Simone Tebet, do Ministério do Planejamento e também representante do Brasil no Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) como governadora, a autorizar um empréstimo de US$ 1 bilhão (R$ 5,16 bilhões) da instituição latinoamericana ao governo de Fernández, a fim de conceder uma vantagem à campanha de Massa na corrida eleitoral.
O pedido de Lula foi feito em um momento no qual o país vizinho não teria mais acesso a novos recursos pelo esgotamento da linha de crédito com o CAF. O Brasil possui uma participação de 37,3% no capital do banco, com isso sua influência nas decisões são maiores.
Após ter conhecimento da denúncia, Milei, que é o principal adversário do atual ministro da Economia, compartilhou a reportagem na rede social X (antigo Twitter), afirmando que, assim como outros esquerdistas, Lula age para impedir sua vitória nas urnas. "A casta vermelha está agitada. Muitos comunistas furiosos com ações diretas contra mim e meu espaço. Viva os avanços de liberdade!", disse.
O libertário, que venceu as primárias de agosto, já fez outras críticas ao petista, como em uma entrevista recente à revista britânica The Economist, na qual o chamou de "socialista com vocação totalitária".
As propostas governistas de Milei e as últimas pesquisas eleitorais têm preocupado o governo Lula, que teme uma vitória do libertário nas eleições presidenciais. Entre as principais mudanças defendidas pelo economista estão a implementação da dolarização no país, a retirada da Argentina do Mercosul e a extinção do Banco Central.
O governo de Alberto Fernández enfrenta uma inflação anual acima de 120% e níveis de pobreza que atingem até 40% da população.
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