Luis “Toto” Caputo em 2018, quando era ministro das Finanças durante a gestão Macri| Foto: EFE/David Fernández
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O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, definiu nesta quinta-feira (23) os nomes do ministro da Economia e do presidente do Banco Central do seu futuro governo.

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Os escolhidos para os dois cargos, após um dia de intensas negociações em um hotel em Buenos Aires, são respectivamente Luis “Toto” Caputo e Demián Reidel. A informação foi confirmada pelo jornal Clarín.

Caputo é economista e foi secretário e ministro das Finanças e presidente do Banco Central durante o governo de Mauricio Macri (2015-2019).

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Já Reidel é físico, economista e pesquisador da universidade americana de Harvard e foi segundo vice-presidente do Banco Central durante o período em que Federico Sturzenegger, cujo nome foi cotado para assumir o Ministério da Economia, esteve à frente da instituição (2015–2018).

Reidel também tem ligações com a Proposta Republicana (PRO), partido de Macri. O ex-presidente apoiou Milei no segundo turno após a candidata da sua coalizão, Patricia Bullrich, ficar em terceiro lugar no primeiro. A ex-ministra da Segurança também declarou apoio ao libertário na disputa com o peronista Sergio Massa.

Caputo e Reidel terão a dura missão de enfrentar a crise econômica argentina: a pobreza hoje atinge 40% da população, a inflação em outubro ficou em 142,7% no patamar interanual e o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta que o país terá em 2023 a sexta retração do PIB em dez anos.

Os planos econômicos de Milei incluem um rigoroso ajuste fiscal, privatizações, dolarização da economia e o fim do Banco Central – ainda que agora pairem dúvidas sobre essas duas últimas medidas, já que o economista libertário Emilio Ocampo, defensor de ambas, foi preterido para a presidência do BC argentino.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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