Presidente argentino publicou carta no X com o título “A hipocrisia progressista”, sem citar o nome de Alberto Fernández| Foto: EFE/EPA/ANDRE PAIN
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O presidente da Argentina, Javier Milei, criticou a esquerda depois que seu antecessor, o peronista Alberto Fernández, foi acusado pela ex-esposa Fabiola Yáñez de violência doméstica, segundo fontes judiciais ouvidas pela imprensa do país.

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Em carta publicada no X nesta quarta-feira (7), com o título “A hipocrisia progressista”, Milei defendeu a medida do seu governo de dissolver o Ministério da Mulher, anunciada em junho, e disse que a violência de gênero deve ser combatida com medidas efetivas.

“Como temos defendido há anos, a solução para a violência que os psicopatas exercem contra as mulheres não é criar um Ministério da Mulher, não é contratar milhares de funcionários públicos desnecessários, não são cursos de gênero e definitivamente não é colocar sobre todos os homens uma responsabilidade apenas pelo fato de serem homens. Décadas de estudos científicos são prova disso”, escreveu o presidente.

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“A única solução para reduzir o crime é ser duro com aqueles que o cometem. O aumento da burocracia estatal é uma fraude moral, fiscal e política. É aproveitar um problema sério para fazer negócios”, criticou Milei.

O presidente da Argentina argumentou que a retórica progressista sempre apresenta a esquerda como sendo os “bons” na questão de direitos da mulher, enquanto os representantes da direita são representados como “monstros”.

Nesse trecho, ele foi mais incisivo nas indiretas a Fernández, cujo nome não é mencionado na carta.

“Não importa o que cada um faça. Eles [esquerda] podem bater, maltratar, estuprar, roubar e qualquer outra atrocidade posando de benfeitores e se mostrando como aliados. Enquanto nós, que valorizamos cada indivíduo como um fim em si mesmo, somos aqueles que cortam direitos, somos nós os violentos etc”, afirmou Milei. “O caminho para o inferno está pavimentado de boas intenções.”

Em mensagem no X, Fernández negou as acusações. A Justiça argentina o impediu de sair do país e de se aproximar de Yáñez, que mora em Madri.

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