O candidato à presidência da Argentina pela coligação a Liberdade Avança, Javier Milei, disse nesta segunda-feira (23) que "vai lutar até o fim para derrotar o Kirchnerismo".
O presidenciável, que disputa a chefia da Casa Rosada com o atual ministro da Economia, Sergio Massa, reconheceu sua proximidade com o ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019), líder do partido político de centro-direita Juntos pela Mudança, pelo qual Patricia Bullrich concorreu às eleições.
Em entrevista à imprensa argentina, o libertário afirmou que a ex-ministra da Segurança de Macri terá espaço em seu governo, caso ele seja eleito em novembro. “Se Bullrich quiser aderir, como posso não incorporá-la? Se ela teve sucesso no combate à insegurança, não temos problema”, disse.
"Resolvemos nossas questões de uma forma mais dura, mas o inimigo em comum continua sendo o kirchnerismo. Convido-os a participar, a se juntarem a mim nesta luta contra o kirchnerismo. Vamos recebê-los", afirmou o libertário em referência ao terceiro grupo mais votado nestas eleições, cuja candidata, Patricia Bullrich, obteve 23,83% dos votos.
O economista enfatizou que está "lá para resolver os problemas da Argentina, não para fazer uma experiência de laboratório", razão pela qual "é preciso recorrer ao máximo pragmatismo".
"Dois terços da Argentina querem algo diferente do kirchnerismo. Se não acabarmos com o kirchnerismo é porque somos irresponsáveis", afirmou Milei, aludindo aos outros grupos políticos que disputaram o primeiro turno no domingo (22).
Em entrevista à radio Rivadavia, Milei descartou a possibilidade de abandonar o segundo turno e se comparou ao protagonista do filme "Gladiador", dizendo estar "disposto a lutar até o fim".
Os resultados das eleições presidenciais de domingo mostraram que haverá um segundo turno entre Massa e Milei para escolher quem presidirá a Argentina a partir de 10 de dezembro para o período 2023-2027.
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