O presidente da Argentina, Javier Milei, que assumiu o cargo neste domingo (10), realizou nesta segunda-feira (11) sua primeira reunião ministerial com os nove ministros que compõem seu novo governo.
Milei, que lidera a coalizão libertária A Liberdade Avança, cumpriu sua promessa de campanha de diminuir pela metade o número de ministérios do país, de 18 para nove, segundo um decreto assinado pelo próprio ainda no domingo. Essa também foi uma demonstração da intenção do presidente de diminuir a despesa pública e o tamanho do Estado argentino.
O novo chefe de Estado, que ainda se encontra no Hotel Libertador devido aos preparativos que seguem sendo feitos na residência presidencial da Quinta de Olivos, chegou à sede do governo por volta das 8h20 no horário local (mesmo horário de Brasília).
O ministério mais sensível será o da Economia, que ficará a cargo de Luis Caputo, que integrou o governo de Mauricio Macri (2015-2019). Caputo deverá anunciar nesta terça-feira (12) o primeiro pacote de medidas econômicas do governo libertário de Javier Milei, que tem como prioridade respeitar o equilíbrio fiscal e combater a inflação.
O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, afirmou na manhã desta segunda que o novo governo buscará “mudar a Argentina" e "acabar com essa Argentina da decadência”, bem como iniciar "uma Argentina de mérito", "onde não tenhamos que sofrer com pobreza, indigência ou baixos salários".
Adorni também defendeu os cortes no setor público e disse que o objetivo é eliminar o “emprego militante” e o “privilégio” de alguns funcionários.
"O que não concordamos é com o que é chamado de 'emprego militante'. Um emprego baseado em uma questão política, que não contribui em nada e, mais do que não contribuir, retira produtividade, salário e funções do empregado que deseja trabalhar”, disse. (Com Agência EFE)
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