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Rosário

Milei culpa socialistas por crise em cidade paralisada pelo crime

A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, durante reunião do comitê de crise em Rosário nesta segunda-feira (11) (Foto: EFE/Franco Trovato Fuoco)

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O aumento da violência associada ao tráfico de drogas na cidade de Rosário, na Argentina, colocou o governo de Javier Milei em alerta e, nesta segunda-feira (11), o presidente culpou o socialismo pelo que aconteceu na província de Santa Fé.

“O que o povo de Santa Fé e especialmente o povo de Rosário terão que entender é que ter dado tanto crédito aos socialistas não é de graça. Tudo o que eles tocam, eles destroem”, disse o presidente argentino, em entrevista ao canal LN+.

Nas últimas semanas, o número de vítimas de ataques de matadores de aluguel se multiplicou, uma resposta dos grupos de narcotraficantes que operam na região às medidas de controle carcerário implementadas pelas autoridades de Santa Fé, com o apoio do governo nacional.

As mortes de dois taxistas, um motorista de ônibus e um frentista na semana passada levaram vários setores de trabalhadores a paralisar atividades em Rosário: segundo a CNN, aulas foram suspensas, os ônibus não estão circulando, postos de gasolina não estão abrindo à noite e os taxistas só estão trabalhando durante o dia.

“Nada surpreendente onde houve muito socialismo. Essa é a realidade”, comentou Milei, ao afirmar que os socialistas têm uma “visão de justiça e estigmatização, que são mecanismos pelos quais eles acabam justificando e endossando os criminosos”.

O socialismo governou Santa Fé entre 2007 e 2019, com políticos que já tinham sido prefeitos de Rosário desde 1995.

Milei lembrou que os socialistas também votaram contra o projeto de “Lei Ómnibus” enviado ao Congresso - que incluía, entre outros aspectos, a declaração de emergência na área de segurança e foi rejeitado pelos deputados - e questionou se os socialistas, “na hora de votar, o fazem a favor dos criminosos, a favor dos narcotraficantes”.

Desde sexta-feira (8), Rosário está sob o comando de um comitê de crise, criado pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, e composto pelas Forças Federais e apoiado pelo Exército, para tentar conter a escalada da violência associada ao tráfico de drogas em Rosário.

Nesta segunda-feira, em entrevista coletiva, Bullrich afirmou que pedirá à Justiça que investigue os atos de violência em Rosário como “narcoterrorismo” e anunciou um plano para retirar as armas das ruas da cidade e visar a lavagem do dinheiro do tráfico de drogas.

“Estamos enviando ao Congresso Nacional a lei antimáfia ou antigangues, que tipifica uma nova modalidade de persecução penal do crime organizado, pegando os crimes dessas gangues e atribuindo-os a todos os seus membros, como fez o Código Penal italiano que acabou com as máfias italianas”, disse a ministra, segundo informações do Clarín. (Com Agência EFE)

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