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Eleições na Argentina

Milei diz que “não romperá” relações com o Vaticano, caso seja eleito presidente da Argentina

Javier Milei, candidato à presidência da Argentina (Foto: EFE/Tomás Cuesta /POOL)

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O economista libertário Javier Milei, que disputa a presidência da Argentina pela coalizão A Liberdade Avança, afirmou nesta quinta-feira (19) que não pretende romper as relações entre a Argentina e o Vaticano, caso ele seja eleito nas eleições presidenciais que serão realizadas neste domingo (22).

A proposta de romper as relações entre o país sul-americano e a Santa Sé foi apresentada por Alberto Benegas Lynch, um economista reconhecido no território argentino, durante o evento de encerramento da campanha de Milei, que ocorreu nesta quarta-feira (18).

Segundo informações do jornal argentino Clarín, Milei afirmou durante uma entrevista concedida para a emissora de notícias argentina Crónica TV que a declaração de Benegas Lynch é uma "opinião pessoal" do economista e que “não está nos planos de sua coalizão” romper as relações da Argentina com o Vaticano. Ele enfatizou que os liberais não são uma "manada" e que a posição do colega não representa a visão oficial dos membros da coalizão A Liberdade Avança.

Além disso, Milei assegurou que, se eleito, receberá o papa Francisco com as “honras de um chefe de Estado” e reconhecerá sua liderança espiritual sobre os católicos. A candidata a vice-presidente na chapa de Milei, Victoria Villarruel, também rejeitou a proposta de Benegas Lynch durante a entrevista, destacando que não era o “momento apropriado para tal discussão”.

Conforme noticiou o Clarín, a proposta de rompimento de relações com o Vaticano gerou reações negativas, incluindo a do arcebispo de Buenos Aires, Jorge Ignacio García Cuerva, que expressou sua “surpresa e desaprovação”.

Além dessa questão, Milei e Villarruel abordaram outros temas durante a entrevista, incluindo a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, as Malvinas e os conflitos potenciais que a Argentina poderia enfrentar. Villarruel reiterou o apoio da coalizão às vítimas civis da guerra no Oriente Médio, mas afirmou que não é o momento para mudar a embaixada da Argentina de Tel Aviv para Jerusalém, conforme proposto por Milei anteriormente.

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