Em pronunciamento diante de apoiadores neste domingo (19) em Buenos Aires, o presidente eleito Javier Milei disse que, nessa “noite histórica”, começa a “reconstrução” da Argentina.
No segundo turno da eleição presidencial, o libertário bateu o peronista Sergio Massa, candidato apoiado pelo presidente Alberto Fernández.
No seu discurso, Milei agradeceu a quem colaborou para o “milagre” da Argentina eleger um presidente libertário, entre eles, o ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019) e sua ex-ministra Patricia Bullrich, terceira colocada no primeiro turno, que declararam apoio ao libertário e inclusive colocaram fiscais eleitorais para ajudar os da Liberdade Avança, coalizão do presidente eleito.
“Hoje, começa o fim da decadência argentina. Hoje, começamos a virar a página da nossa história e a retomar o caminho do qual nunca deveríamos ter saído”, disse Milei. “Hoje, acaba a ideia de que o Estado é um butim a ser dividido entre os amigos.”
O libertário afirmou que sua gestão terá três premissas: governo limitado, “que cumpra seus compromissos”, respeito à propriedade privada e comércio livre. Afirmou que este é o caminho para a Argentina se tornar uma “potência mundial”.
Milei afirmou que “todos que queiram se juntar à nova Argentina são bem-vindos”, mas afirmou que sabe que “há gente que vai resistir”.
“A esses, lhes digo: dentro da lei, tudo; fora da lei, nada. Na nova Argentina, não há lugar para os violentos, para os que queiram usar a força para defender seus privilégios”, disse o libertário.
O presidente eleito, que toma posse em 10 de dezembro, afirmou que a Argentina enfrenta a “pior crise da história”, com inflação, estagnação econômica, desemprego, violência e pobreza.
“Problemas que só terão solução se aqueles que querem uma mudança trabalharem juntos”, afirmou Milei.
Ele afirmou que nesta segunda-feira (20) a transição começa, e a imprensa argentina informou que os primeiros nomes de ministros do seu governo devem ser confirmados.
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