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O presidente da Argentina, Javier Milei, acompanhado da vice-presidente, Victoria Villarruel, durante sua participação no evento de comemoração do 42º aniversário da guerra das Malvinas, nesta terça-feira em em Buenos Aires
O presidente da Argentina, Javier Milei, acompanhado da vice-presidente, Victoria Villarruel, durante sua participação no evento de comemoração do 42º aniversário da guerra das Malvinas, nesta terça-feira em em Buenos Aires| Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni

O presidente da Argentina, Javier Milei, liderou nesta terça-feira (2) o evento central pelo 42º aniversário do Dia do Veterano e dos Mortos na Guerra das Malvinas contra o Reino Unido, onde o mandatário reivindicou a soberania das ilhas e pediu que os veteranos não fossem um “monopólio” na política.

“A melhor homenagem àqueles que deram a vida pelo nosso país é defender a reivindicação inabalável pela soberania argentina sobre as Malvinas, Geórgia do Sul, Sandwich do Sul e os espaços marítimos circundantes”, disse Milei no início de seu discurso no Cenotáfio dos Mortos de Buenos Aires.

O chefe de Estado estava acompanhado pela vice-presidente, Victoria Villaruel, que ficou visivelmente emocionada durante a homenagem às centenas de soldados argentinos mortos em combate e aos milhares de ex-combatentes que sobreviveram, entre os quais está seu pai, já falecido.

“Não quero que o respeito às Forças Armadas e aos heróis das Malvinas seja um monopólio de um espaço político. É por isso que apelo à sociedade e às lideranças para que inaugurem neste dia 2 de abril uma nova era de reconciliação com as Forças Armadas que transcenda este governo”, acrescentou Milei.

Neste sentido, o presidente argentino apelou aos chefes das três forças (Exército, Marinha e Aeronáutica) e aos veteranos para serem “testemunhas e fiadores” do Pacto de Maio, documento de consenso entre os diferentes atores políticos do país, que pretende firmar junto aos 23 governadores e ao prefeito de Buenos Aires no próximo dia 25 de maio, na província de Córdoba.

Em 2 de abril de 1982, a Argentina - então governada por uma junta militar - tomou as ilhas através de um desembarque anfíbio, que não causou vítimas inimigas ou civis, capturando e deportando a guarnição britânica.

Após três meses de intensos combates terrestres, marítimos e aéreos, a última ditadura militar argentina assinou a rendição em 14 de junho do mesmo ano. A guerra deixou um total de 649 argentinos, 255 britânicos e três civis mortos.

Desde o fim da guerra e sob uma democracia ininterrupta, o Reino Unido rejeitou as reivindicações argentinas pela soberania das ilhas e dos espaços marítimos circundantes, apesar dos repetidos apelos ao diálogo por parte das Nações Unidas e de outras organizações internacionais.

Outra homenagem está prevista na Casa Rosada, sede do governo, onde deve ser alterado o nome do Salão dos Povos Originários, por outro relacionado com o feito. Além disso, Villarruel participará de missa na Catedral de Buenos Aires e lançará no Senado uma agenda chamada “Semana das Malvinas”.

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