Auditoria parcial do governo Milei apontou que Inadi teria excesso de funcionários e distribuição de escritórios que atenderia a interesses do peronismo| Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN
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O governo de Javier Milei anunciou nesta quinta-feira (22) que vai fechar o Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (Inadi), criado em 1995 e que está vinculado ao Ministério da Justiça da Argentina.

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“Estamos dando os primeiros passos para avançar no desmantelamento de diferentes institutos que não servem para nada ou que são grandes caixas de políticos. Começamos pelo primeiro: o Inadi. Estamos começando com o seu encerramento definitivo. É claro, levará um tempo. Há questões burocráticas [a resolver]”, afirmou o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, segundo informações do Clarín.

No fim de semana, este jornal adiantou resultados parciais de uma auditoria que o Ministério da Justiça está realizando em órgãos vinculados à pasta. O Clarín apontou que mais de 400 funcionários trabalham no Inadi, mais servidores do que em todo o sistema de Justiça comum da capital argentina, Buenos Aires.

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Outra revelação é que o Inadi distribuiria seus 45 escritórios conforme interesses da ala kirchnerista do peronismo. Enquanto Buenos Aires tem apenas um escritório do instituto, a sede nacional, a pequena cidade de Villa Gessell, no litoral da província de Buenos Aires e onde moram pouco mais de 30 mil habitantes, possui dois.

“Estes institutos têm a particularidade de serem dirigidos por funcionários de idoneidade duvidosa”, acusou Adorni nesta quinta-feira. O porta-voz afirmou que o governo não vai continuar a financiar estruturas “onde se pagam favores políticos, ou onde existem dezenas ou centenas de posições hierárquicas que não acrescentam nada”.

A oposição peronista criticou a decisão do governo Milei. “O governo de Milei - que está caminhando para ser o mais discriminatório, xenófobo e racista da história democrática [da Argentina] - fecha o Instituto Nacional contra a Discriminação, Xenofobia e Racismo (Inadi), criado pela lei 24.515 em 1995. Repúdio absoluto a esta decisão”, escreveu no X o deputado nacional kirchnerista Germán Martínez.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]