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Argentina

Milei diz que vai vetar fórmula previdenciária aprovada na Câmara e cita exemplo de Bukele

Presidente da Argentina afirmou que deputados são “degenerados fiscais” e que vai vetar projeto caso também passe no Senado (Foto: EFE/Bienvenido Velasco)

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O presidente da Argentina, Javier Milei, disse nesta quarta-feira (5) que vai vetar mudanças nos pagamentos a aposentados e pensionistas que a Câmara dos Deputados aprovou em sessão que terminou apenas de madrugada, caso elas também passem no Senado.

Segundo informações do jornal Clarín, em um fórum econômico em Buenos Aires, o presidente libertário chamou os deputados de “degenerados fiscais”.

“Toda vez que os degenerados fiscais da política quiserem romper o equilíbrio fiscal, eu digo a eles, já disse antes, digo agora e vou repetir até cansar: vou vetar tudo, não me importa p* nenhuma”, afirmou.

Nesse sentido, Milei fez referência ao presidente de El Salvador, Nayib Bukele. “Eles estão tentando acabar com o equilíbrio fiscal. Quer saber? Quando Bukele assumiu o cargo, ele não tinha deputados, legisladores, nada [apoiando-o no Parlamento]. Você sabe como ele governou? Vetando tudo. Tudo o que os degenerados fiscais fizeram era vetado. É isso que vou fazer: vou vetar tudo”, disse o presidente argentino.

Pela madrugada, a Câmara dos Deputados havia aprovado, com 162 votos favoráveis, 72 contrários e oito abstenções, um projeto de reforma do sistema de mobilidade previdenciária.

Em março, Milei havia estabelecido por decreto uma nova fórmula de mobilidade previdenciária, com aumentos nas pensões e aposentadorias apenas com base na inflação, mais uma recomposição única de 12,6% naquele mês.

A proposta aprovada pela Câmara nesta quarta-feira prevê uma recomposição inicial de 20,6%, considerando os 12,6% do decreto de Milei e um adicional; atualização pela inflação; um aumento anual adicional equivalente a 50% da diferença entre a variação da média salarial e a inflação; e um piso fixado em 1,09 vez o valor da cesta básica.

Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso argentino, esse pacote geraria um custo fiscal de 0,43% do PIB.

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