A Assembleia Geral da ONU, um dos eventos mais importantes que reúne lideranças globais, teve início nesta terça-feira (24) com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fazendo o tradicional discurso de abertura após o secretário-geral das Nações Unidas.
Sua participação, no entanto, foi ignorada ou minimizada por boa parte da imprensa internacional, inclusive pelos principais jornais americanos, como o New York Times e Wall Street Journal, que não mencionaram o discurso do petista.
O Times, por exemplo, fez a cobertura do evento em tempo real, mas, logo após a fala de António Guterres, secretário-geral da ONU, que antecedeu Lula, foi citado o discurso do presidente dos EUA, Joe Biden.
Já o Washington Post chegou a escrever uma reportagem que citou um trecho das declarações de Lula, mas em tom crítico para apontar as falhas do governo brasileiro em relação às queimadas que se espalham pelo país.
O discurso de Lula contou com uma saudação à delegação palestina, que participou pela primeira vez da Assembleia Geral da ONU, e duras críticas a Israel, que não aplaudiu a participação do petista.
Em contrapartida, uma das lideranças globais que mais ganhou destaque no evento neste primeiro dia foi Javier Milei, mandatário argentino.
Em sua primeira participação na Assembleia Geral da ONU, Milei fez duras críticas às Nações Unidas, a quem acusou de ter virado um "Leviatã" e ter tomado um “rumo trágico” ao adotar a Agenda 2030 para “impor uma agenda ideológica” aos seus países-membros.
O presidente ainda criticou a ONU por "não ser mais capaz de resolver os grandes problemas do mundo".
A participação inédita na Assembleia Geral da ONU rendeu a Milei, antes mesmo do discurso, destaque na capa do Wall Street Journal, um dos principais jornais de negócios dos EUA. A publicação dedicou ao chefe de Estado argentino a foto de capa nesta terça-feira (24).
O jornal britânico Financial Times e o argentino Clarín também dedicaram reportagens mencionando as declarações do libertário.