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O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, que tomará posse no domingo (10)
O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, que tomará posse no domingo (10)| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni

Na segunda-feira (11), primeiro dia útil do seu mandato (toma posse no domingo), o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, deve apresentar um pacote econômico que inclui grande corte de gastos e uma forte desvalorização do peso argentino frente ao dólar.

Os detalhes foram adiantados pelo jornal Clarín. As medidas incluem um corte nos gastos públicos de 5,5% do PIB, já que o novo ministro da Economia, Luís Caputo, projetou “déficit zero” já no primeiro ano da gestão Milei.

Segundo o Clarín, foram estabelecidas medidas para implementação imediata, que não exigirão aval do Congresso argentino.

Entre elas, estarão a proibição de que o Banco Central da República Argentina (BCRA) emita moeda para financiar o Tesouro; eliminar subsídios tarifários gradualmente, mas a curto prazo, entre janeiro e abril; não realizar obras públicas, exceto as que tenham financiamento externo; e congelamento dos valores dos aportes para universidades, sendo mantidos os praticados em 2023.

O Clarín informou ainda que o plano prevê a liberação dos preços de combustíveis e a transformação das empresas públicas em sociedades anônimas, para facilitar privatizações.

Por fim, o pacote estabelece a desvalorização do peso e fixação do dólar comercial em torno de 600 pesos argentinos, mas que, com uma taxação de 30% do Imposto por uma Argentina Inclusiva e Solidária (PAIS), ficaria em torno de 700 a 800 pesos.

Na prática, seria um valor oficial mais próximo do dólar paralelo, o chamado dólar blue, que na quinta-feira (7) fechou em torno de 990 pesos.

Na quinta-feira, o atual ministro da Economia, Sergio Massa, derrotado por Milei no segundo turno da eleição presidencial, havia anunciado uma desvalorização de 5,9% no câmbio oficial, o que levou o dólar a 400 pesos.

Foi a maior desvalorização da moeda argentina desde 14 de agosto, um dia após as prévias da eleição argentina, quando foi aplicada uma depreciação de 22%.

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