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Em entrevista à Bloomberg News, candidato libertário também criticou a China e desconversou quando perguntado se queria Trump de volta à Casa Branca
Em entrevista à Bloomberg News, candidato libertário também criticou a China e desconversou quando perguntado se queria Trump de volta à Casa Branca| Foto: EFE/Enrique García Medina

Em entrevista à Bloomberg News, o candidato à presidência argentina Javier Milei, o mais votado nas primárias de domingo (13), disse que pretende retirar seu país do Mercosul caso seja eleito e desdenhou eventuais parcerias com o Brasil, Colômbia e outros países governados pela esquerda na América do Sul.

Na entrevista, realizada após a vitória de Milei nas prévias, o candidato libertário voltou a dizer que pretende acabar com o Banco Central argentino. “Os bancos centrais estão divididos em quatro categorias: os ruins, como o Federal Reserve [dos Estados Unidos], os muito ruins, como os da América Latina, os terrivelmente ruins e o banco central da Argentina”, afirmou.

Milei, que é economista, criticou o Mercosul e deu uma justificativa para a retirada argentina do bloco econômico caso seja eleito em outubro (havendo necessidade, haverá segundo turno em novembro).

“O Mercosul é uma união aduaneira de má qualidade, que cria distorções comerciais e prejudica todos os seus membros”, justificou.

Ao ser questionado sobre como seriam as relações com governos sul-americanos de esquerda, Milei ironizou: “Não tenho parceiros socialistas”. Em seguida, disse que sua relação com o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que declarou apoio à sua campanha, é “excelente”.

Na entrevista, o candidato também criticou a China. “As pessoas não são livres, não podem fazer o que querem. E quando elas fazem o que querem, eles [governo] as matam”, afirmou Milei.

O candidato libertário também foi perguntado se preferia que Donald Trump voltasse a ser presidente dos Estados Unidos, mas desconversou. “Isso é para os americanos decidirem”, respondeu.

“Posso gostar mais ou menos do perfil dos republicanos versus o dos democratas, mas isso não significa que não considere os Estados Unidos um grande parceiro estratégico”, complementou.

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