Após a vitória, o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, cumprimentou os apoiadores reunidos para ouvir seu discurso, em Buenos Aires| Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni
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"É uma canalhice Sergio Massa culpar a gestão que acaba de entrar pelos desastres macroeconômico da Argentina", afirmou o presidente eleito, Javier Milei, que governará o país a partir de 10 de dezembro, após o peronista acusar em diversos momentos durante a campanha o libertário de ser responsável pela piora da crise argentina.

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Neste domingo (19), Milei venceu as eleições presidenciais com uma diferença de 11 pontos percentuais sobre o rival, o atual ministro da Economia, Sergio Massa, que está com o futuro indefinido após a derrota nas urnas. "Não se pode deixar de lado o desastre que eles fizeram em termos de preços regulados ou do mercado de câmbio, ou de todas as dívidas que temos", disse o libertário.

Milei afirmou em uma entrevista à rádio argentina Rivadavia que "a economia do país está estagnada desde 2011", criticando, em seguida, o fato dos salários em dólares terem caído 33%.

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Além disso, o economista acusou Massa de irresponsabilidade por afundar ainda mais o país em um "desastre econômico".

"A imagem de ontem de Massa saindo de cena é de uma enorme irresponsabilidade. Ele armou um desastre econômico para tentar ganhar uma eleição", disse o líder da coalizão A Liberdade Avança, que reiterou suas críticas ao peronista em declarações que também fez nesta segunda-feira (20) à Radio Mitre.

Apoio da direita

Milei revelou que o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, ligou para ele nesta manhã da China, onde está de visita oficial. "Tivemos uma ótima conversa. Ele me convidou para ir ao Uruguai para falar sobre as relações entre os países, já que temos muita afinidade", contou Milei, ao anunciar que agora planeja viajar primeiro para os Estados Unidos e depois para Israel.

Ainda no domingo (19), o libertário recebeu mensagens de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, do ex-mandatário americano Donald Trump e do líder do partido conservador espanhol Vox, Santiago Abascal.

Em contrapartida, sua vitória foi recebida com rejeição pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e com uma formalidade distante pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o mandatário do Chile, Gabriel Boric.

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Milei disse que ficou surpreso com a grande vantagem obtida sobre o candidato do partido governista nas eleições e afirmou ter certeza do que terá de fazer nos próximos meses para mitigar o impacto das medidas que planeja implementar, especialmente em questões econômicas.

"Estamos prontos para aplicar o manual ao pé da letra para consertar os problemas deixados por este governo. Criamos todos os mecanismos para gerenciar a situação e minimizar os danos à população", afirmou..

Para o início da transição entre o governo que está saindo e o que está entrando, o presidente Alberto Fernández agendou uma reunião com Milei, disseram fontes oficiais à Agência EFE.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]