Ex-chefe de gabinete de Javier Milei, Nicolás Posse, renunciou no final de maio por diferenças de expectativa na construção do governo| Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni
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O presidente da Argentina, Javier Milei, empossou nesta segunda-feira (3) Guillermo Francos como novo chefe de gabinete de seu governo, um cargo-chave com forte peso político e responsável pela execução orçamentária.

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Milei deu posse a Francos em uma breve cerimônia na Casa Rosada, a sede do Executivo argentino.

Francos, que era ministro do Interior, substitui Nicolás Posse, um dos arquitetos do projeto político libertário que desembarcou na Casa Rosada em dezembro do ano passado.

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Posse, que tinha um perfil público muito baixo, deixou a chefia de gabinete em 27 de maio devido à “diferença de critérios e expectativas em relação ao progresso do governo e às tarefas a ele confiadas”, conforme anunciou o próprio governo na ocasião.

A saída ocorreu após o fracasso do governo em sua anunciada tentativa de assinar um “pacto” em 25 de maio com os governadores das províncias - todos de partidos de oposição - sobre uma série de princípios políticos e econômicos, que no final não se concretizou porque a assinatura estava condicionada à aprovação da chamada “lei de bases” no Parlamento, onde o partido governista está em minoria.

O projeto de lei de reformas ambiciosas, principalmente econômicas, promovido por Milei vem sendo discutido no Parlamento desde dezembro, após uma série de idas e vindas, na semana passada foi aprovado nas comissões e em breve será debatido no Senado.

A chave para conseguir esse endosso foi a negociação que Francos, já nomeado como chefe de gabinete, realizou com setores da oposição.

Em uma medida sem precedentes, não haverá mais um Ministério do Interior, pois as funções dessa pasta serão absorvidas pelo chefe de gabinete.

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Assim, Francos mantém seu papel de “blindador político” enquanto desempenha as funções constitucionais da chefia de gabinete, incluindo a coordenação dos ministros, o exercício da administração geral do país e a execução do orçamento. (Com Agência EFE)

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