Palestinos se reúnem em Gaza para celebrar o aniversário de 24 anos do Hamas| Foto: AFP PHOTO/MARCO LONGARI

Dezenas de milhares de moradores de Gaza saíram às ruas nesta quarta-feira para celebrar o aniversário do Hamas, grupo islâmico que governa o território palestino. A comemoração é também uma demonstração de força do movimento, antes das eleições gerais palestinas, marcadas provisoriamente para maio.

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A comemoração anual vem se tornando um exercício cada vez mais elaborado de encenação, desde que o Hamas tomou o controle da Faixa de Gaza em 2007 após confrontos internos com forças leais ao presidente palestino Mahmoud Abbas, que conta com o apoio do Ocidente.

A multidão foi recebida por um enorme palco no formato de um navio, para simbolizar a jornada palestina a todo território entre o rio Jordão e o Mediterrâneo, o que inclui o que atualmente é o Estado de Israel.

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Uma grande réplica da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, construída sobre as ruínas de templos judaicos bíblicos, foi o pano de fundo. "Oh Jerusalém, estamos chegando", podia-se ler em uma das faixas.

O legislador do Hamas Mushir al-Masri disse aos participantes da festa que o Hamas "está mais perto de libertar a terra santa e os templos sagrados e mais perto de outra grande vitória nas próximas eleições".

Como parte de seu comunicado de aniversário, o Hamas disse que seus militantes dispararam mais de 11 mil foguetes e morteiros na direção de Israel desde 2000 e que o grupo matou mais de 1.300 israelenses em vários ataques desde sua fundação.

Em seu comunicado, o Hamas disse que vai manter "todas as formas de resistência contra a ocupação até a libertação, independência e o retorno dos refugiados palestinos".

Segundo o grupo, 350 mil pessoas participaram das celebrações desta quarta-feira. A estimativa não pôde ser confirmada de forma independente, mas o local da comemoração, uma grande área aberta, estava lotado e uma multidão se espalhava pelas ruas próximas.

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A manifestação aconteceu uma semana antes de mais uma rodada de negociações de reconciliação entre Abbas e o principal líder do Hamas no exílio, Khaled Mashaal. As informações são da Associated Press.