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Despedida

Milhares comparecem ao funeral do presidente da Guiné-Bissau

Soldados fazem guarda do caixão do presidente de Guiné-Bissau assassinado João Bernardo "Nino" Vieira | Luc Gnago / Reuters
Soldados fazem guarda do caixão do presidente de Guiné-Bissau assassinado João Bernardo "Nino" Vieira (Foto: Luc Gnago / Reuters)

Milhares de pessoas compareceram ao funeral de João Bernardo "Nino" Vieira, presidente da Guiné-Bissau morto no dia 2 de março. Vieira foi assassinado por homens ainda não identificados que invadiram sua casa em Bissau, capital do país.

Vieira foi enterrado nesta terça-feira (10) numa cerimônia oficial à qual compareceram familiares e diplomatas. A não ser pela presença do primeiro-ministro da Guiné, que é governada por uma junta militar desde um golpe em dezembro, nenhum chefe de Estado compareceu à cerimônia. Praticamente nada foi feito para encontrar os responsáveis pela morte de Vieira. A casa do presidente não foi isolada e, dias depois do assassinato, balas de revólver, munição e um facão continuam no chão do local, respingado de sangue, onde o presidente passou seus últimos momentos.

Seu assassinato ocorreu horas depois de seu chefe do Estado-Maior, general Batista Tagme na Waie, ter sido morto após a explosão de uma bomba dentro de seu centro de operações militares. Os dois homens eram rivais havia muito tempo.

Vieira, que tinha quase 70 anos, governou o país de 1,5 milhão de pessoas por mais de duas décadas. Nascido em Bissau quando o país era uma colônia portuguesa, ele teve papel importante na violenta guerra de libertação que levou a Guiné-Bissau à independência em 1974. Ele tornou-se primeiro-ministro em 1978, então apoderou-se do governo em um sangrento golpe em 1980. Vieira governou até ser deposto em 1999, ao fim de uma guerra civil de dois anos. Em 2005, ele retornou do exílio e venceu as eleições presidenciais.

Raimundo Pereira, chefe do Parlamento e atual presidente interino, pediu à comunidade internacional que ajude a estabilizar o país. Segundo a Constituição, Pereira deve ficar no cargo até novas eleições serem realizadas em dois meses, mas legisladores dizem que o país não está pronto para a realização de um novo pleito não cedo. Pereira pediu aos "amigos da Guiné-Bissau que nos ajudem a organizar eleições dentro do tempo estabelecido pela Constituição". As informações são da Associated Press.

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