Pelo menos 60 manifestantes foram presos no Chile durante um protesto estudantil na manhã desta quinta-feira (28) em Santiago, que reuniu cerca de 4 mil pessoas nas principais ruas da capital e marcou a retomada das manifestações contra os lucros no ensino privado, iniciadas em 2011. Um policial ficou ferido e um menor foi detido com um coquetel molotov. Em outubro do ano passado, cerca de 10 mil alunos realizaram ao menos 14 protestos em Santiago - que colocaram em xeque o governo do presidente Sebastián Piñera.
Manuel Erazo, porta-voz dos universitários, reclamou da repressão policial e da mudança do percurso, realizado na última hora. "Queremos o fim dos lucros e isso significa acabar com os empresários da educação", disse.
Jovens também protestaram no porto de Valparaíso, pedindo o fim do lucro no ensino privado chileno. De acordo com o coronel Hugo Inzulza, do Controle de Ordem Pública, a grande maioria dos estudantes não causou tumultos, mas "um grupo antissistema" lançou bombas e os policiais tiveram que agir. O ministro de Interior, Andrés Chadwick, voltou a criticar as manifestações. Ele defendeu a ação policial.
"Novamente um grupo de estudantes se sente no direito de causar desordem e danos à propriedade, alterar o trânsito e gerar violência", afirmou.