Jerusalém (AFP/Folhapress) Dezenas de milhares de judeus se reuniram ontem à tarde em Jerusalém para participar de uma oração coletiva no Muro das Lamentações contra a retirada israelense da Faixa de Gaza. Segundo a polícia, cerca de 40 mil pessoas foram ao local, enquando outros 10 mil judeus se reuniram nas redondezas do lugar mais sagrado para a religião judaica.
O Conselho dos Assentamentos da Cisjordânia estimou que cerca de 100 mil pessoas participaram da oração. O Muro das Lamentações é o último vestígio do templo judeu de Herodes, destruído pelos romanos no ano 70 da era cristã.
O presidente israelense, Moshe Katzav, pediu "perdão" aos colonos da faixa de Gaza e da Cisjordânia que serão retirados a partir de 17 de agosto, em um discurso pronunciado durante a tarde. "Em nome do Estado de Israel, peço perdão porque exigimos que eles abandonem os locais onde moram há décadas", declarou Katzav, em um discurso exibido na televisão.
Sem recuo
No entanto, segundo Katzav, "chegou o momento de respeitar a decisão das autoridades, do Knesset (Parlamento) e do governo (...) A oposição à retirada não deve atentar contra a segurança do Estado", disse o chefe de Estado.
Na retirada, Israel devolverá aos palestinos dos territórios da Faixa de Gaza, ocupados em 1967, e obrigará 8 mil colonos judeus a saírem da região.
O vice-primeiro ministro israelense, Ehud Olmert, afirmou que a retirada de Gaza será "total e completa", e que seu país não pretende manter o controle da Cisjordânia. "Isto deve ficar claro: não permaneceremos em nenhum território que faça parte das fronteiras reconhecidas de Gaza", acrescentou.
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