Milhares de manifestantes atenderam aos chamados de líderes da oposição e se reúnem na Praça Tahrir neste domingo, dia em que o presidente Mohamed Mursi completa seu primeiro ano de mandato. Segundo a mídia local, a multidão que ocupa o berço da Primavera Árabe no Egito é apenas o começo de uma série de passeatas em todo o país, que incluem marchas de militantes que apoiam o governo em diversas cidades.
No Cairo, enquanto a oposição se concentra na Praça Tahrir, ativistas pró-Mursi permanecem desde sexta-feira nos arredores da mesquita Rabia el-Adawiya, em um distrito não muito distante dos rivais políticos e do palácio presidencial. Os temores sobre choques forçaram as autoridades a aumentar a segurança nas ruas, considerando que na semana passada ao menos cinco pessoas morreram em conflitos entre partidários.
Uma das vítimas foi o americano Andrew Pochter, um estudante de 21 anos. Ele registrava um protesto na cidade de Alexandria quando foi esfaqueado por um desconhecido. Temerosos com o aumento da violência, os Estados Unidos divulgaram um alerta para que seus cidadãos evitem viajar para o Egito. No sábado, o presidente americano, Barack Obama, disse que entrou em contato com o governo egípcio para pedir que as sedes diplomáticas dos EUA no país tenham reforço na segurança durante este fim de semana.
Oposição diz ter abaixo-assinado pela queda de Mursi
Um grupo de jovens que lidera parte da campanha contra Mursi afirmou que já conseguiu mais de 22 milhões de assinaturas de egípcios em um abaixo-assinado pela queda do presidente. No entanto, partidários do governo questionam a autenticidade e a validade das assinaturas, já que o documento não foi revisado por nenhum órgão oficial.
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