Milhares de pessoas com bandeiras da Síria e gritando por liberdade saíram neste domingo (16) às ruas do sul do país, um dia após o presidente Bashar Assad prometer terminar com quase 50 anos de estado de emergência, na tentativa de enfraquecer um crescente levante, disseram testemunhas.

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Ativistas convocaram os protestos no domingo em todas as províncias da Síria, para comemorar o Dia da Independência e reafirmar os protestos que já duram um mês contra o regime autoritário do país. Mais de 200 pessoas morreram nas últimas quatro semanas, por causa do uso de balas de verdade, gás lacrimogêneo e cassetetes pelas forças de segurança.

Os protestos desde domingo ocorreram na cidade de Deraa, no sul do país, epicentro do movimento contra o governo. Também houve manifestações em Sueida, um povoado próximo, 130 quilômetros ao sul da capital, Damasco.

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O principal grupo pela democracia na Síria, a Declaração de Damasco, pediu aos cidadãos manifestações pacíficas nas cidades em todo o país e no exterior, para que o movimento tenha continuidade. Os ativistas convocam os protestos pela internet.

Testemunhas disseram que havia dezenas de milhares de pessoas protestando em Deraa. "O povo quer derrubar o regime" era um dos gritos da multidão. Em Sueida, havia cerca de 300 pessoas, que segundo testemunhas foram agredidas por policiais.

As declarações não podem ser confirmadas de maneira independente pois a Síria restringiu a cobertura jornalística e expulsou jornalistas estrangeiros. As informações são da Associated Press.