Milhares de mariscos contaminados com maré vermelha encalharam ao longo de cinco quilômetros da costa da ilha de Chiloé, na região de Los Lagos, no sul do Chile, informou nesta terça-feira (26) a Marinha chilena.
Os moluscos da espécie “Ensis marcha”, comum no Chile, apareceram abertos nas praias Grande de Cucao, Huentemó e Chanquín, na Ilha de Chiloé, 1.230 km ao sul de Santiago e com uma população de 140 mil habitantes, em sua maioria pescadores, e onde uma patrulha da Marinha recolheu amostras, evidenciando a intoxicação.
Os moluscos encontrados testaram positivo para a toxina da maré vermelha de tipo paralisante, informou em um comunicado Miguel Bravo, capitão do Porto de Chonchi, em Chiloé.
Por causa da contaminação, proibiu-se o consumo de mariscos na população de comunidades vizinhas e de turistas que visitam a região.
Estudo
A maré vermelha é uma toxina contida em alguns tipos de microalgas que são consumidas por moluscos, que apareceram com força na costa da região de Los Lagos, provocando a proibição à extração e ao consumo de mariscos, causando prejuízos a pescadores da região.
Diante disso, o governo anunciou a formação de um comitê científico para estudar a presença de maré vermelha na região, mediante da tomada de amostras para estimar a abundância e distribuição da alga.
“Não é possível fazer uma projeção clara e com certeza de até quando a alga nociva poderia permanecer na região, já que se trata de um fenômeno inédito em sua envergadura e extensão”, informou um comunicado da Subsecretaria de Pesca.
Mais de uma dezena de pessoas foram intoxicadas pelo consumo de mariscos contaminados por maré vermelha. Segundo o governo chileno, os sintomas são formigamento na boca, fraqueza muscular nos braços e nas pernas, podendo, inclusive, provocar parada cardiorrespiratória.
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