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Além de pessoas feridas por munição, dezenas sofrem com a inalação do gás lacrimogênio usado nos confrontos | JACK GUEZ/AFP
Além de pessoas feridas por munição, dezenas sofrem com a inalação do gás lacrimogênio usado nos confrontos| Foto: JACK GUEZ/AFP

Palestinos entraram em confronto com as tropas de Israel na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, enquanto muçulmanos da Jordânia à Indonésia foram às ruas após as orações da sexta-feira (8) para protestar contra o reconhecimento pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de Jerusalém como a capital de Israel.  

Manifestantes queimaram bandeiras de Israel e dos Estados Unidos e lançaram pedras contra pôsteres de Trump. Na Cisjordânia, atearam fogo a pneus nas cidades de Ramallah e Belém. Palestinos lançaram pedras contra soldados, que responderam com gás lacrimogêneo e balas de borracha. Também houve registro de confrontos na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel.  

Três palestinos, dois deles em Gaza, foram feridos por munição de verdade e 12 foram atingidos por fragmentos de balas de borracha, segundo o Crescente Vermelho e autoridades do setor de saúde. Dezenas de pessoas sofrem com a inalação do gás lacrimogêneo, disseram médicos.  

Israel capturou o leste de Jerusalém na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e a cidade é o lugar mais sagrado para o judaísmo. Além disso, porém, ela abriga importantes templos muçulmanos e cristãos e os palestinos querem Jerusalém Oriental como sua futura capital.  

Grupos políticos palestinos convocaram grandes protestos nesta sexta-feira na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, os três territórios que os palestinos reivindicam. Além disso, em Gaza o Hamas convocou uma intifada (levante) contra Israel.  

Houve protestos nas ruas também em vários países da região, como Irã, Indonésia, Malásia, Paquistão e Jordânia.  

O primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, afirmou que a decisão dos EUA "complica mais o processo de paz e representa um desafio adicional para a estabilidade de toda a região". Após uma reunião com Hariri, o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu "calma e responsabilidade" neste momento. 

Com informações da Associated Press.

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