Milhares de pessoas estão concentradas nesta quinta-feira na praça Taksim de Istambul, na qual desde sábado a polícia não entra e que é o epicentro da maior onda de protestos na Turquia em uma década.
Os milhares de manifestantes esperam com tensão a volta iminente do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, desde segunda-feira em uma viagem pelo Magrebe, e que hoje destacou que não dará marcha à ré em seus planos de destruir um parque próximo à praça para erguer um centro comercial.
"Não podemos negociar nada com pessoas que provocam incêndios", declarou Erdogan, após acusar os manifestantes de serem manipulados por pessoas "condenadas por atos de terrorismo e conhecidas pelos serviços secretos".
A defesa contra a chegada das escavadeiras e o despejo policial do acampamento que protegia o parque Gezi na madrugada de sexta-feira provocaram protestos que se saldaram até agora com um policial e três manifestantes mortos e mais de quatro mil feridos, segundo fontes médicas.
"Erdogan quer impor ao povo suas próprias ideias, por meio de ameaças antidemocráticas e opressoras", declarou à Agência Efe o músico percussionista Gülhan Cifdalöz.
Em Taksim chegou hoje uma passeata de acadêmicos e artistas, e, além disso, houve uma convocação para que mais gente se disponha a dormir no parque para evitar um possível despejo na madrugada.
Os manifestantes levantaram na praça grandes barricadas de pedras, carros destroçados e cercas para evitar a entrada de furgões policiais, e organizaram um sistema de coleta de lixo, um ambulatório e um serviço gratuito de distribuição de comida.
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