Manifestantes pró-democracia em Hong Kong enfrentaram bombas de gás lacrimogêneo e avanços de policiais com cassetetes e permaneceram firmes durante protestos no centro financeiro asiático ontem, em um dos maiores desafios políticos para Pequim desde o episódio da Praça da Paz Celestial há 25 anos.
A China colocou a culpa nos estudantes que protestavam e alertou contra qualquer interferência externa, à medida que os jovens se reuniam em distritos comerciais e turísticos na cidade. "Hong Kong é a Hong Kong da China", disse a porta-voz do ministério de Relações Exteriores, Hua Chunying, em tom desafiador durante uma coletiva de imprensa em Pequim.
Os distúrbios, os piores em Hong Kong desde que a China assumiu o controle sobre a ex-colônia britânica em 1997, tiveram nuvens de gás tomando as ruas ao redor de alguns dos prédios comerciais e shoppings mais valiosos do mundo. Após três noites de confrontos, a polícia repentinamente se retirou antes da hora do almoço de ontem.
A China governa Hong Kong sob uma fórmula de "um país, dois sistemas", que tenta delimitar a democracia do território.
Milhares de manifestantes, a maioria estudantes, exigem que Pequim conceda democracia total, com a liberdade de indicar os candidatos nas eleições.
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