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Milhares de manifestantes contrários ao aborto foram às ruas de Lisboa neste domingo pedir aos portugueses que rejeitem um referendo para suspender a proibição do aborto no país profundamente católico.

Cerca de 15.000 pessoas se uniram à "caminhada pela vida", que começou em frente a uma maternidade de Lisboa, estimaram a polícia e os organizadores.

"A lei tem que defender os indefesos, os que não têm voz, a criança que está dentro do ventre de sua mãe", disse José Bagao Felix, um conservador ex-ministro de governo.

Portugal, um dos poucos países da Europa que proíbe o aborto, realizará um referendo em 11 de fevereiro para descriminalizar o aborto nas primeiras 10 semanas de gravidez.

O número de portugueses a favor da legalização do aborto caiu de 72 por cento para 59 por cento nos últimos meses, segundo pesquisa da Universidade Católica de Portugal. E com o aumento do número de indecisos, o resultado do referendo é difícil de se prever.

O referendo, proposto pelo governante Partido Socialista, precisa de que mais de 50 por cento do eleitorado vote para ser considerado válido. Consulta sobre o tema, em 1998, fracassou pelo baixo comparecimento dos votantes. Pesquisa recente mostrou que o número dos que vão votar caiu de 68 por cento para 58 por cento, sugerindo uma repetição do cenário de 1998.

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