Com cartazes que diziam ``Danger, Bush is here'' (Perigo, Bush está aqui), bandeiras com o rosto do líder guerrilheiro Ernesto Che Guevara e bonecos do presidente dos Estados Unidos, milhares de pessoas protestaram na sexta-feira em Montevidéu contra a visita de George W. Bush.
Dezenas de manifestantes encapuzados quebraram vidros de duas lojas do McDonald's e também de uma igreja na principal avenida da capital, além de atacarem jornalistas e picharem a frase ``Morte ao capital'' numa agência do banco ABN-Amro, segundo um jornalista da Reuters.
``Embora o governo o receba com os braços abertos, é preciso deixar claro que o povo uruguaio o rejeita. Aqui os assassinos não têm que ser bem-vindos'', disse Alejandro Piriz, de 72 anos, que participava do protesto de grupos radicais.
O presidente Tabaré Vázquez se reunirá no sábado com o presidente norte-americano no departamento de Colonia, a 180 quilômetros a oeste de Montevidéu.
Vázquez tem sugerido a possibilidade de assinar um Tratado de Livre-Comércio com os EUA para melhorar a economia local, o que irritou seus sócios no bloco Mercosul, integrado também por Argentina, Brasil, Paraguai e Venezuela.
Aos gritos de ``Cuba sim, ianques não'' cerca de quatro mil pessoas protestaram em outro ato convocado pelo sindicato único de trabalhadores em Montevidéu.
Com bandeiras nas cores vermelho, azul e branco do partido do governo, o esquerdista Frente Amplio, milhares de pessoas gritaram ``Fora Bush'', ``Bush assassino'' e cantaram lendárias canções características da resistência ao governo militar.
Os protestos em Montevidéu somaram-se ao ato ``anti-Bush'' que o presidente venezuelano Hugo Chávez encabeçava na Argentina.
Bush, que passou a sexta-feira no Brasil, ficará no Uruguai até domingo de manhã.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia