Milhares de pessoas protestaram contra o governo da Tailândia nesta terça-feira (26), invadindo o complexo governamental em que fica o primeiro-ministro. O partido de direita Aliança do Povo pela Democracia afirmou que as manifestações eram um "ultimato" nos esforços para derrubar o governo eleito do primeiro-ministro Samak Sundaravej.
"O exército do povo venceu o governo", disse o líder do protesto Sondhi Limthongkul aos manifestantes que estavam dentro do escritório do governo. "Nós estamos agora no Palácio do Governo e não sairemos até que o governo renuncie."
De acordo com o vice-porta-voz da polícia, general Surapol Tuanthong, havia 30 mil manifestantes nas proximidades de quatro ministérios e do Palácio do Governo.
O primeiro-ministro acusou os manifestantes de tentarem provocar derramamento de sangue, que poderia levar a um golpe. Mas ele se recusou a declarar estado de emergência, alegando que isso "prejudicaria a atmosfera" nacional. Segundo Samak, as autoridades cercariam os manifestantes que estavam dentro do prédio público, deixando-os apenas saírem, mas ninguém entrar.
Antes da ação no prédio governamental, 80 manifestantes usando máscaras invadiram o principal estúdio da National Brodcasting Services of Thailand, uma emissora de televisão estatal. Segundo os oposicionistas, a rede é utilizada politicamente pelo governo Os invasores foram presos pela polícia. Houve uma segunda invasão, novamente com danos à propriedade, mas situação foi em seguida controlada.
A aliança de Samak é próxima ao ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto em 2006 em meio a acusações de corrupção. A oposição acusa o governo de reformar a Constituição para inocentar Thaksin.
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