Dezenas de milhares de pessoas se reuniram, apesar do calor sufocante nesse domingo em Hong Kong, para protestar contra uma campanha pró-democracia que ameaça fechar o distrito financeiro da cidade, expondo um crescente desacordo sobre as reformas políticas na antiga colônia britânica.
O aumento de protestos de rua por grupos pró-Pequim e pró-democracia ressaltam os desafios que a China enfrentará para formar sua visão do futuro político de Hong Kong.
Apoiada em grande parte por grupos pró-Pequim, a Aliança pela Paz e Democracia diz que "deseja a paz e não a violência" e denunciou o movimento pró-democracia Occupy Central, que disse que vai bloquear o centro da cidade se Pequim não permitir eleições realmente democráticas para um líder, em 2017.
"Queremos mostrar que a manifestação não precisa ser violenta e raivosa. Ela pode ser feliz", disse Robert Chow, um ex-apresentador de rádio de Hong Kong e porta-voz da Aliança.
O grupo disse que até agora conseguiu cerca de 1,5 milhão de assinaturas, incluindo a do líder de Hong Kong, Leung Chun-ying, dizendo que a campanha "ilegal" Occupy mancharia a reputação de Hong Kong e atrapalharia os negócios.
Não foi possível verificar de forma independente os números apresentados, que excederam os quase 800 mil votos que a pesquisa extra-oficial sobre democracia da Occupy Central apresentou em junho.
A campanha anti-Occupy começou cedo no domingo com uma corrida pelo centro da cidade que atraiu cerca de 1.500 pessoas, com a temperatura chegando a até 30º Celsius, disseram os organizadores.
Mais pessoas, em sua maioria grupos de idosos, apareceram mais tarde para oferecer uma flor "pela paz".
O comício que durou o dia todo e marca o fim da campanha da aliança por assinaturas, que durou um mês, foi ofuscado pela especulação de que alguns grupos empresariais tinham pressionado as pessoas a participarem.
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