Os sindicatos franceses realizaram protestos com milhares de participantes nesta quinta-feira (16) para pressionarem o Governo da França a retirarem o projeto de Reforma da Previdência no Parlamento.
Esse foi o quinto dia de protestos em menos de um mês na França, sendo que os sindicatos ameaçam paralisar o país caso a proposta de reforma siga avançando no Parlamento.
"O descontentamento, a combatividade e a determinação estão intactos", afirmou o líder da Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT), Laurent Berger.
Os protestos foram registrados diversas cidades da França como Albi, Rennes, Marselha, Montpellier e Paris. Na capital francesa, os sindicatos estimam que 300 mil pessoas participaram das manifestações, embora as forças de segurança tenham declarado que 37 mil manifestantes estiveram nas ruas.
Houve discrepância também nos dados dos demais protestos pela França. Enquanto o Ministério do Interior calculou 440 mil manifestantes, os sindicatos totalizaram 1,3 milhão.
Independente dos números, houve significativa queda nos protestos em comparação com as manifestações do último sábado (11), quando segundo a polícia, havia 963 mil pessoas e para os sindicatos 2,5 milhões de manifestantes.
Os sindicatos rejeitam dois pontos da Reforma da Previdência: o aumento da idade mínima de aposentadoria de 62 para 64 anos e que o aumento do período de contribuição de 42 para 43 anos para ter uma aposentadoria integral seja antecipado para 2027 (espera-se que entre em vigor em 2035).
A justificativa do Governo da França para a Reforma da Previdência é a viabilidade econômica do sistema, com déficit anual estimado em 12,5 bilhões de euros em 2030 sem as alterações propostas.
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