Milhares de pessoas saíram às ruas de Madri na noite deste domingo (15), contra as medidas de austeridade mais recentes anunciadas pelo governo conservador espanhol.
"Foi tudo espontâneo, nós nos reunimos através das redes sociais, de mensagens enviadas por celular", contou Miguel Rodríguez, um bombeiro de 21 anos, perto da sede central do governante Partido Popular (PP), onde os manifestantes fizeram uma de suas paradas.
A manifestação percorreu o centro de Madri, da sede do PP até a emblemática Puerta del Sol, seguindo, depois, para o Congresso.
"Estou aqui porque este é um país de charanga e tamborim. Há dois anos cortam o nosso salário", reclamou Domingo, 35, policial há oito anos. "Com o salário de um assessor de vereador, pode-se pagar quatro policiais", completou seu colega, Jesús, 35.
Domingo mostrou pessimismo em relação ao sucesso dos protestos: "É uma batalha perdida, mas que, pelo menos, vejam que não somos bobos."
Policiais, bombeiros, profissionais da área de saúde e professores em defesa do ensino público decidiram ir às ruas depois que o governo aprovou, anteontem, entre outras medidas, o aumento do IVA e a demissão de funcionários públicos.
Apesar do descontentamento, os manifestantes marcharam em um clima festivo, vigiados por policiais. Em frente ao Congresso, cerca de 100 pessoas se sentaram diante do cordão de isolamento.
A manifestação espontânea aconteceu após o protesto realizado anteontem pelos "indignados" contra os cortes previstos pelo Executivo. Os dois principais sindicatos da Espanha, UGT e CCOO, convocaram para a próxima quinta-feira manifestações em todo o país.
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