Milhares de pessoas saíram às ruas neste sábado (27) em Moscou para lembrar o primeiro ano desde o assassinato do opositor Boris Nemtsov, baleado perto do Kremlin, em um crime ainda não esclarecido.
Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra o governo de Vladimir Putin, vigiados pela polícia, que enviou um helicóptero para acompanhar o protesto.
Nemtsov foi morto com quatro tiros nas costas quando voltava para casa com sua namorada italiana.
Com bandeiras da Rússia, cartazes, fotos e flores, os manifestantes lembraram o opositor, morto aos 55 anos.
Nemtsov foi um dos protagonistas da onda de protestos que marcou a campanha eleitoral de Putin entre os anos de 2011 e 2012, quando ele se candidatava ao terceiro mandato como presidente.
Segundo o Ministério do Interior, o protesto reuniu 7,5 mil pessoas em Moscou, mas uma contagem independente apontou a presença de 20 mil. Em São Petersburgo, autoridades divulgaram um número de 4 mil pessoas.
Semanas após o assassinato de Nemtsov, que causou comoção em todo o mundo, cinco suspeitos, todos chechenos, foram presos pela Justiça russa. Depois, os acusados denunciaram torturas.
Pessoas do entorno de Nemtsov afirmam que os autores do crime têm ligação com o presidente checheno, Ramzan Kadyrov.
Para os simpatizantes do opositor, ele teria sido morto por ordem de altos cargos do governo, a fim de silenciar os dissidentes.
Alguns cartazes também denunciavam a crise econômica que atinge a Rússia há quase dois anos.
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