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EUA

Milhares se reúnem para apoiar o controle de armas

Manifestantes, entre eles moradores de Newtown, seguravam cartazes com fotos de pessoas mortas por tiros | Jonathan Ernst/Reuters
Manifestantes, entre eles moradores de Newtown, seguravam cartazes com fotos de pessoas mortas por tiros (Foto: Jonathan Ernst/Reuters)

Dias antes de o Senado dos Estados Unidos começar o debate sobre as novas medidas de controle de armas propostas pelo presidente Barack Obama, milhares de pessoas se reuniram ontem para uma manifestação em favor do controle de armas na capital do país. Muitas seguravam cartazes com nomes de vítimas da violência gerada por armas e mensagens como "Proíbam as armas agora!".

Liderando a multidão estavam pessoas com faixas que diziam "Somos Sandy Hook", em referência às mortes ocorridas em dezembro em um tiroteio na escola de Sandy Hook, em Newtown, Connecticut. O prefeito de Washington, Vincent Gray, e outras autoridades da capital norte-americana protestaram junto com a multidão, que tomou uma das principais avenidas da cidade.

Os organizadores do protesto informaram que cerca de 100 moradores de Newtown, onde um atirador matou 20 alunos e seis professores, viajaram a Washington para participar da manifestação. Os participantes expressaram apoio às propostas de Obama para proibir armas militares e com alta capacidade de munição.

Tradição

No Senado, no entanto, os colegas democratas de Obama podem frustrar seus esforços para colocar em prática as mais rígidas medidas para o controle de armas em décadas. Os democratas de estados rurais com forte cultura de armas veem as propostas de Obama com ceticismo e ainda não se comprometeram a apoiá-las.

"Existe um grupo de senadores democratas, a maior parte do oeste do país, que representa estados com altos índices de posse de armas por cidadãos e com forte desejo de garantir a segurança de seus filhos", disse Mark Glaze, diretor do movimento Prefeitos contra Armas Ilegais. "Eles estão conversando com pessoas de seus estados para identificar soluções que respeitem a Segunda Emenda mas que dificultem a possibilidade de pessoas perigosas terem acesso a armas."

Em uma entrevista, Oba­ma afirmou que tem "profundo respeito" pela tradição de caça entre os norte-americanos, que atravessa gerações. "Parte do que nos possibilitará ir em frente com o controle de armas envolve entender que a realidade das armas em áreas urbanas é muito diferente das áreas rurais", disse.

O Comitê Judiciário do Senado norte-americano dará início a audiências sobre o assunto na quarta-feira.

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