O dia internacional da ação contra as mudanças climáticas levou dezenas de milhares de pessoas às ruas de Nova York neste domingo (21), com organizadores prevendo o maior protesto sobre o tema em cinco anos.
Cerca de 100 mil pessoas, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, e senadores norte-americanos eram esperados para a manifestação em Manhattan, antes da Cúpula das Nações Unidas sobre o tema, marcada para terça-feira, para discutir a redução das emissões de carbono que ameaçam o meio ambiente.
Organizadores disseram que 550 ônibus chegaram para o protesto, que se seguiu a eventos semelhantes em 166 países incluindo Reino Unido, França, Afeganistão e Bulgária.
Nova York modernizará edifícios para reduzir em 80% emissões de CO2EFE
A cidade de Nova York anunciou neste domingo um compromisso para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa em 80% até 2050, em relação aos valores de 2005, com um plano focado principalmente na melhoria da eficiência energética dos edifícios.
A iniciativa foi divulgada pelo prefeito Bill de Blasio, em coincidência com a Marcha Popular pelo Clima que hoje percorreu as ruas de Nova York para defender a necessidade de ações mais concretas contra o aquecimento global.
"A mudança climática é uma ameaça existencial para os nova-iorquinos e nosso planeta", destacou De Blasio em comunicado, no qual acrescentou que Nova York é a primeira das maiores cidade do mundo a se comprometer com a diminuição em 80% das emissões de gases do efeito estufa.
Para conseguir essa meta, a metrópole iniciará um grande plano de modernização dos 3 mil edifícios de propriedade municipal nos próximos dez anos e promoverá os investimentos no âmbito privado.
Atualmente, quase três quartos das emissões do efeito estufa da cidade têm origem na energia utilizada para aquecer, esfriar e levar eletricidade aos edifícios, segundo dados da prefeitura nova-iorquina.
O plano pretende reduzir as emissões em 3,4 milhões de toneladas adicionais por ano até 2025, o que é equivalente a retirar de circulação cerca de 715 mil veículos.
De Blasio também defendeu que a iniciativa permitirá economizar mais de US$ 1,4 bilhão por ano e criar 3,5 mil novos empregos nos setores da construção civil e de energia até 2025.
Além disso, Nova York pretende se tornar um exemplo para outras cidades, conforme destacou em uma nota a presidente do conselho municipal, Melissa Mark-Viverito.
"Nova York deve ser líder em sustentabilidade, porque quando Nova York faz alguma coisa, outros prestam atenção e este plano permitirá um futuro mais verde e de mais respeito com o meio ambiente", declarou.