Ouça este conteúdo
Milhares de colombianos saíram às ruas nas principais cidades do país neste sábado (23) para protestar contra o atual governo, liderado pelo esquerdista Gustavo Petro.
Os manifestantes pediam “Fora Petro” e se opunham às reformas promovidas pelo executivo, além de denunciarem a corrupção.
Em Bogotá, o Parque Nacional foi ocupado pelos manifestantes, que caminharam até a Plaza de Bolívar, a principal do país. Os cartazes carregavam mensagens como “Impeachment de Petro” e “Para que a Colômbia não seja a Venezuela de hoje”.
A multidão também gritava “Petro, covarde, aprenda com (o presidente de El Salvador, Nayib) Bukele” e “Petro, bandido, o povo está ofendido”.
A oposição também marcou presença no protesto. O senador Miguel Uribe Turbay, do partido Centro Democrático declarou que a marcha era “para um futuro melhor, para resolver os problemas, mas também para enfrentar as reformas que causam danos” ao país.
Uribe é um dos candidatos à presidência e reforçou no ato que os colombianos não querem mais “corrupção, impunidade e violência”.
"Chega deste governo que está prejudicando o país. Estas marchas mostram que há futuro, esperança e que o futuro da Colômbia precisa ser construído por todos nós”, declarou o congressista.
Eduardo Zapateiro, general da reserva que foi comandante do Exército entre 2019 e 2022 durante o governo de Iván Duque, também marcou presença no protesto e disse que o momento é de união. “Temos a certeza de que juntos, unidos, faremos a diferença. Pedimos (à Petro) que pare completamente todas as suas reformas desastrosas e que pensemos não nelas, mas no país”, disse Zapateiro.
Em outras cidades, como Medelín e Cali, milhares também ocuparam as ruas vestindo camisas brancas e com faixas pedindo “fora Petro” e “pior governo da história”.
Sobre as manifestações, o presidente colombiano publicou um vídeo da marcha na rede social X e declarou: “Não importa o número de pessoas que se manifestem contra mim no país, terão todas as garantias democráticas do meu governo”. Petro afirmou ainda que a manifestação com mais manifestantes ocorreu em Medelín, com 15 mil participantes, enquanto em Bogotá e em Cali, o número foi de 4 mil.