Milhares de pessoas se reuniram novamente nesta quinta-feira (8) na praça da República, em Paris, para homenagear as vítimas do atentado que deixou 12 mortos na quarta (7) na sede do jornal satírico "Charlie Hebdo". A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e vários membros das forças políticas do Conselho de Paris convocaram um ato silencioso, mas as palavras de ordem não demoraram a aparecer.
Anne Hidalgo, ao lado do ex-prefeito da capital francesa Bertrand Delanoë, da líder da oposição parisiense, Nathalie Kosciusko-Morizet, e de inúmeras outras personalidades políticas colocaram velas nos pés da estátua que fica no centro da praça -tomada por buquês, retratos e desenhos homenageando as vítimas do atentado. "Todos sentem a gravidade do momento em que estamos. Sentimos que o que aconteceu ontem (quarta) é um ato trágico, mas que visa a fragilizar a democracia, a República, então os parisienses também precisam ficar de pé e se unir", disse a prefeita de Paris em coletiva, explicando o motivo para uma nova manifestação.
Previamente, ao meio-dia (9h de Brasília), os parisienses guardaram um minuto de silêncio pelos mortos. Em outro ponto de Paris, as luzes da torre Eiffel foram apagadas em sinal de luto. Cerca de 35.000 pessoas, segundo a polícia, reuniram-se de forma espontânea na noite da quarta, dia do atentado, na praça da República.
Em toda a França, mais de cem mil pessoas participaram de atos em diversas cidades. Os participantes da reunião desta quinta, inicialmente em silêncio, rapidamente começaram a gritar palavras de ordem como "Hi hip hurra, nós somos Charlie!", e "Charlie não morreu!".
Outros levantavam canetas ou cartazes dizendo "Je Suis Charlie" (Eu sou Charlie, em francês), enquanto jovens subiam no pedestal da estátua no meio da praça gritando "charliberdade!", "não temos medo!", "liberdade de expressão!", "todos juntos!", "sem divisões!" e "viva a República!". Bandeiras da França eram agitadas no meio da multidão e alguns cantavam a Marselhesa, o hino francês.
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