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Milhões de equatorianos começaram a votar neste domingo para eleger um novo presidente, que terá, a partir de janeiro, a tarefa de recompor uma democracia marcada pela queda de três mandatários na última década, sem colocar em risco uma economia que segue nos trilhos.

Com as pesquisas mostrando os eleitores divididos entre o nacionalista Rafael Correa, de 43 anos, e o milionário Alvaro Noboa, de 56, o vencedor das urnas enfrentará um caminho difícil para conseguir aprovar reformas vitais para este país, o maior produtor de bananas do mundo.

Os dois candidatos mostram a divisão dos equatorianos, que de um lado apóiam uma mudança constitucional que reduza o poder dos partidos hegemônicos e o aparato estatal, e de outro apostam em um governo moderado, que garanta a saúde de uma economia regida pelo dólar desde 2000.

Correa, um admirador do presidente venezuelano Hugo Chávez, está com vantagem sobre Noboa, um fã do livre mercado, mas segundo as pesquisas não alcançaria o apoio necessário para obter um triunfo histórico já no primeiro turno, evitando assim uma nova eleição em 26 de novembro.

O carismático e independente economista contaria com 31,1% dos votos válidos, frente aos 25,2% do populista dono da exportadora de bananas Noboa, uma das maiores do mundo, segundo uma última pesquisa da Cedatos-Gallup Internacional.

O socialista moderado León Roldós, de 64 anos e que durante meses liderou a disputa, está agora em um distante terceiro lugar, com 19,1% das intenções de voto.

Ao lado do novo presidente, os equatorianos elegerão ainda os 100 membros do Congresso. Nenhum dos candidatos a presidente contaria com uma maioria na Casa, um dos problemas que atrapalharam os últimos três presidentes eleitos nas urnas, que não tiveram como enfrentar revoltas sociais.

Embora com diferenças, os planos de Correa e Roldós incluem reformar a Constituição de 1998 para reduzir a influência dos grandes partidos nos organismos de controle, incluído o Congresso.

As urnas abriram às 7h locais (9h em Brasília) e se fecham cerca de 10 horas depois. Cerca de 9,2 milhões dos 13 milhões de equatorianos estão aptos a votar. Pela primeira vez os residentes no exterior poderão participar das eleições.

Leia mais: O Globo Online

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