Uma milícia apoiada pelo governo sudanês é suspeita de ter matado 37 pessoas e ferido mais de 50 em um mercado no norte de Darfur, no mais recente sinal de que os tumultos estão crescendo na região, disse hoje um especialista em direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).
Provas obtidas nos últimos dez dias parecem confirmar que o ataque aconteceu em 2 de setembro, quando as pessoas estavam reunidas num mercado no vilarejo de Tabarat, disse Mohamed Chande Othman, um juiz tanzaniano indicado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU como especialista independente para a violência no Sudão.
A violência persiste em Darfur e Othman descreveu as mortes do dia 2 como mais um sinal de que a agitação política está crescendo, desde que o presidente sudanês Omar al-Bashir conquistou outro mandato de cinco anos nas eleições de abril. O Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia acusou Bashir, em 2009, por crimes de guerra e genocídio no Darfur.
Segundo o juiz, o governo sudanês precisa conduzir "com urgência uma investigação transparente sobre o ataque aos civis no norte de Darfur". Várias testemunhas identificaram os agressores como pertencentes à milícia árabe Janjaweed, a qual é aliada do governo de Cartum e também foi responsabilizada por várias atrocidades contra civis africanos étnicos, disse Othman.
Segundo ele, soldados sudaneses e combatentes rebeldes impediram inicialmente que tropas da União Africana (UA) chegassem ao vilarejo atacado. O governo não fez nenhum comentário sobre os episódios.
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