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São Paulo – O ataque de uma milícia armada árabe xiita a um distrito sunita, em Bagdá, matou mais de 40 pessoas ontem, aumentando o temor de que o Iraque mergulhe numa guerra civil. Foi a mais sangrenta ofensiva desde o início da atual onda de violência sectária, que começou em fevereiro, após a destruição de um santuário xiita.

As vítimas, pelo menos 42, estavam desarmadas e foram mortas a tiros nas ruas do distrito de Hay al Jihad, oeste da cidade. Muitas foram assassinadas depois de serem retiradas de seus carros em falsas blitzes.

Sunitas dizem que, após esse atentado, homens da milícia Exército Mhedi, leal ao clérigo xiita Moqtada al Sadr, ameaçaram os moradores, afirmando que, caso não deixassem suas casas, enfrentariam a morte. Policiais e políticos da facção minoritária também culparam a milícia. Autoridades do grupo de Al Sadr negaram qualquer envolvimento no caso. Mas um político xiita confirmou que homens do Mehdi foram a Jihad ontem.

A ação é um duro golpe ao plano de reconciliação proposto por Maliki. O premiê havia prometido desmantelar as milícias, que transformaram Bagdá num campo de guerra. "As mortes revelam a incapacidade do governo de derrotá-las’’, diz Adnan al Dulaimi, líder sunita.

Indiciados

O Exército americano divulgou ontem que, além do ex-soldado Steven Green, 21 anos, cinco soldados foram indiciados no caso do estupro de uma jovem e da morte dela e de sua família, ocorridos em março no Iraque. Foi revelado ainda que a vítima, diferentemente do que diziam as autoridades, tinha apenas 14 anos. O fato de que era menor de idade pode colaborar para uma sentença de morte, em caso de condenação. A irmã de Abeer, Hadeel, tinha seis anos e também morreu baleada.

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