Ao menos 68 pessoas foram mortas quando uma milícia xiita abriu fogo dentro de uma mesquita sunita iraquiana na província de Diyala, leste do país, nesta sexta-feira (22), disse uma fonte de segurança iraquiana.
A violência sectária pode prejudicar os esforços do novo primeiro-ministro do Iraque, o xiita moderado Haider al-Abadi, de formar um novo governo que possa unir os iraquianos na luta contra a facção Estado Islâmico, formada por militantes sunitas que assumiram o controle de grandes áreas no norte do país.
Um funcionário do necrotério em Diyala, onde milícias xiitas treinadas pelo Irã são poderosas e agem impunemente, disse que 68 pessoas foram mortas no ataque sectário.
Ambulâncias levaram os corpos para a capital da província, Baquba, a 60 quilômetros do local do ataque.
A parlamentar Nahida al-Dayani, que é de Diyala, disse que cerca de 150 fiéis estavam na mesquita de Imam Wais quando os milicianos chegaram na sequência de um atentado na estrada que teve como alvo um veículo de segurança. "É um novo massacre", disse Dayani, uma sunita.
Um habitante disse que foi uma vingança dos milicianos xiitas depois de um atentado com bomba contra uma de suas patrulhas.
"Milícias sectárias entraram e abriram fogo contra os fiéis. A maioria das mesquitas não tem segurança", disse Dayani.
"Algumas das vítimas eram de uma mesma família. Algumas mulheres que correram para ver o que havia acontecido com seus parentes na mesquita foram mortas", relatou ela.
Ataques a mesquitas são atos de grande sensibilidade no Iraque, e no passado levaram a uma série de contra-ataques e vinganças. A violência no país do Oriente Médio voltou ao nível de 2006 e 2007, auge de uma guerra civil sectária.
Em julho, milícias xiitas iraquianas executaram 15 muçulmanos sunitas e penduraram seus corpos em postes de eletricidade numa praça pública da cidade de Baquba, segundo a polícia.
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