As milícias da autoproclamada república popular de Lugansk anunciaram neste sábado (25) que, junto com as tropas da Rússia, entraram em Lisichansk, o último bastião de resistência ucraniana na região de Lugansk. Há combate no interior da cidade.
Também neste sábado, os russos tomaram controle total da cidade de Severodonetsk, na mesma região, separada apenas por um rio de Lisichansk. A informação foi confirmada pelo prefeito de Severodonetsk, Oleksandr Striuk, que comunicou a retirada das tropas ucranianas da cidade. Severodonetsk foi cenário de intensos combates durante as últimas semanas.
A queda de Severodonetsk e a eventual tomada de Lisichansk permitirão ao Kremlin afirmar que ocupou toda a região de Lugansk, e cumpriu o objetivo de "libertar" todo o Donbas, integrado também pela vizinha Donetsk. A conquista é vista como um passo essencial para o projeto russo de dominar o leste ucraniano.
"A milícia popular e as forças aliadas da Federação da Rússia entraram na cidade de Lisichansk. Os combates ocorrem na área urbana", apontou Andrey Marochko, tenente coronel das forças de Lugansk, citado pela agência russa de notícias TASS.
Desde ontem, foram mobilizadas tropas ucranianas para a região. A vice-ministra de Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar, fez um apelo neste sábado no Facebook para que não sejam mencionados os movimentos das tropas do país, já que isso prejudica o andamento das operações militares, "como aconteceu ontem em Severodonetsk".
No entanto, as autoridades ucranianas sustentam que os avanços das tropas russas no leste do país não representarão uma mudança importante no andamento da guerra.
O comando militar de Kiev, por sua vez, considera que o auxílio militar oferecido nas regiões de Lugansk e Donetsk, conseguiu desgastar o Exército russo e permitiu que se ganhe tempo para que a Ucrânia receba armamento pesado do Ocidente.
Segundo o assessor do gabinete presidencial da Ucrânia, Mikhail Podoliak, a Rússia mudou a estratégia inicial e agora aposta por uma guerra longa, confiando na superioridade quantitativa do arsenal que possui.
"Os próximos três meses serão extremamente difíceis. Mas, estamos preparados para combater qualquer nível de intensidade", disse o representante do governo ucraniano, em entrevista ao canal do Youtube "Populiarnaya Politika".
Podoliak assegurou que Kiev somente negociará um plano de paz com a Rússia "de posições de força", ou seja, quando a situação na frente de batalha estiverem favorecendo a Ucrânia.
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