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Um homem conhecido por pertencer à extrema-esquerda e com um histórico de invasões a instalações ferroviárias foi preso na França, neste domingo (28).
O detido é um militante de esquerda, de 28 anos, que foi detido em uma instalação da empresa estatal ferroviária (SNCF), no departamento de Seine-Maritime, com capital em Rouen, norte do país, segundo informações da imprensa local.
O homem tinha em sua posse sprays de tinta e outros materiais que poderiam ser utilizados para atos de vandalismo, mas fontes da investigação indicaram que, apesar de seu histórico de invasões nas instalações da SNCF, ainda não há indícios que o liguem às sabotagens da última sexta-feira (26), durante a abertura das Olimpíadas de Paris.
O serviço nacional de trens de alta velocidade foi retomado com total normalidade nesta segunda-feira, depois de vários dispositivos incendiários danificarem cabos de sinalização e comunicações em três dos quatro grandes eixos com origem e destino em Paris, na madrugada da última sexta.
As reparações, trabalhosas porque tiveram de ser substituídas centenas de cabos em cada local afetado e depois os testes, só foram concluídas neste domingo, embora o serviço só tenha sido retomado normalmente nesta segunda.
Além disso, várias redes de telecomunicações foram afetadas hoje em seis departamentos de diferentes regiões da França, mas não em Paris, devido a atos de sabotagem contra instalações das operadoras.
Os ataques consistiram em incêndios e cortes de cabos em diferentes pontos das redes. Em um dos locais afetados, apareceram pichações que diziam “não aos Jogos Olímpicos”.
Um comunicado sobre a sabotagem na rede ferroviária de alta velocidade, que está sendo verificada pelos investigadores, também relacionou essas ações com uma denúncia sobre os Jogos de Paris, que começaram oficialmente na sexta-feira e vão até 11 de agosto.
A Procuradoria de Paris está em contato com as diferentes procuradorias dos departamentos afetados “e planeja centralizar as investigações”, informou em um comunicado.
As falhas, que foram detectadas durante a noite de domingo para segunda-feira, “afetaram os nossos operadores de telecomunicações” e “têm consequências localizadas no acesso à fibra, telefonia fixa e telefonia móvel”, afirmou a secretária de Estado da Economia Digital, Marina Ferrari.